Descarbonização da economia e sustentabilidade são temas cada vez mais frequentes quando o assunto é mobilidade urbana. Mas qual a melhor alternativa para quem quer comprar um carro novo? Elétrico ou híbrido: qual o melhor? Focado em ser o melhor amigo de quem dirige, o Zul+ analisou os principais aspectos que o motorista deve levar em consideração no momento da escolha. E isso inclui fatores como preço, disponibilidade para abastecimento, autonomia e gasto energético.

Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o mercado de automóveis e comerciais leves eletrificados no país apresentou em 2021 o melhor resultado da série histórica, com 34.990 unidades vendidas. O total representa um aumento de 77% em relação a 2020, e 195% sobre 2019. A entidade também estima que a frota eletrificada em circulação atualmente no Brasil é de 77.259 automóveis e comerciais leves.

Hoje, os carros a combustão ainda apresentam maior autonomia. Porém, os carros híbridos, que combinam as tecnologias de veículos a combustão e elétricos, têm ganhos parecidos aos automóveis mais comuns.

Sustentabilidade
Sustentabilidade é um tema prioritário na agenda mundial. A Europa, por exemplo, pretende descontinuar a produção de carros a combustão até 2035. A partir desse ano, todos os automóveis da União Europeia deverão contar com emissão zero de CO2. É inegável que o veículo elétrico sai à frente dos concorrentes nesse quesito. Uma ressalva é que as baterias são de difícil descarte e a energia nem sempre é obtida de maneira 100% limpa. Então, mesmo mais sustentável, o carro elétrico ainda apresenta desafios.

Enquanto isso, o híbrido, por gastar menos gasolina, graças à parte elétrica embutida nele, também contribui com a sustentabilidade. Para se ter uma ideia, um carro elétrico na Europa polui de 66% a 69% a menos que um a combustão interna, segundo estudo realizado pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo. Em países como Estados Unidos, o número fica entre 60% e 68%,  enquanto na China é de 37% a 45%.

Híbrido ou Elétrico
Existem dois tipos de modelos híbridos: o convencional e o plug-in. O primeiro combina o motor elétrico com outro a combustão, que gera eletricidade para as baterias. Por isso, não precisa de tomada para ser recarregado. Por meio de uma central eletrônica, o veículo gerencia qual dos motores será utilizado, podendo rodar apenas com eletricidade ou com a unidade a combustão, ou mesmo com os dois motores para alcançar uma maior potência.

A manutenção do híbrido convencional também é mais parecida com a de um veículo movido apenas a combustão, assim como o seu desempenho (capacidade de torque).

O híbrido plug-in inclui a opção para recarregar as baterias na tomada. Isso permite uma maior autonomia quando o veículo estiver no modo 100% elétrico.

Veículos híbridos plug-in e os 100% elétricos permitem carregamento na tomada

Já o veículo 100% elétrico, como o próprio nome sugere, é movido apenas por eletricidade. Sem combustível fóssil, são as baterias (geralmente feitas de íons de lítio) que armazenam a energia. Esse modelo não emite gases poluentes e pode ser recarregado em redes específicas ou mesmo em tomadas comuns.

Além disso, o carro elétrico é infinitamente mais silencioso, já que o seu motor não gera ruídos. E, apesar do alto custo na hora da compra, a manutenção é bem mais barata, por não exigir gastos com a troca de componentes como óleo lubrificante, embreagem, transmissão, correias, sistema de arrefecimento e injeção de combustível.

Os elétricos, contudo, mesmo apresentando maior eficiência, têm como ponto de atenção a escassez de locais para recarga da bateria, especialmente em percursos mais longos. Some-se a isso o custo da energia elétrica, com tendência de alta no Brasil.

“O brasileiro pensa muito para onde vai, como vai e o que precisa para chegar lá. O carro elétrico ainda conta com poucos postos de recarga, o que pode servir como empecilho na hora da aquisição”, reflete André Brunetta, CEO do Zul+.

Preço
Os carros elétricos e híbridos novos mais baratos disponíveis no Brasil custam a partir de R$ 150 mil. Enquanto isso, um carro popular a combustão saindo da concessionária custa em torno de R$ 60 mil. Mas há também as opções de carros seminovos e usados.

Veja os melhores carros elétricos no Brasil

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